quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Petição Entregue!

Salil Shetty entrega a petição a Joseph Deiss, Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas

Muito obrigado a todos os que assinaram a petição pedindo um enfoque especial dos Direitos Humanos como uma solução para a pobreza.

No passado dia 16 de Setembro o Secretário Geral da Amnistia Internacional, Salil Shetty, acompanhado pelo Director da Secção Americana da Amnistia Internacional, entregaram cerca de 30.000 assinaturas e postais de pessoas de todo o mundo! O Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, Joseph Deiss agradeceu e reconheceu o importante trabalho da Amnistia Internacional na área dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.
Muito obrigado pela colaboração, a todos aqueles que assinaram!

sábado, 25 de setembro de 2010

1 bilião de pessoas vive com fome cronica!

O que se pode fazer para lutar contra a fome?





O que se pode fazer para lutar contra a fome? Partilhar a esperança de um mundo sem fome é o primeiro passo. Acabar com as desigualdades de género e dar às mulheres poder para desempenhar um maior papel no desenvolvimento agrícola, é outro. O problema da fome deve ser uma prioridade nos países mais empobrecidos. Aos pequenos agricultores devem ser facultadas as oportunidades e a educação de que necessitam para poderem produzir alimentos e gerar rendimento em quantidade suficiente para as suas famílias. As economias rurais têm de crescer para aumentar as oportunidades de emprego para aqueles que o necessitam e assim reduzir as migrações do espaço rural para as cidades. Tem que se dar mais ênfase à melhoria do acesso dos pequenos agricultores tanto a mercados domésticos como internacionais. Os nossos recursos naturais têm de ser geridos de forma sustentável, para assegurar que a terra não está a ser explorada em excesso. Os sectores público e privado têm de colaborar para acabar com a pobreza e a desigualdade e melhorar o acesso a uma alimentação segura para todos.

O que é a fome?


Para os mais afortunados, é apenas a sensação no estômago que lhes diz que "são horas de comer.” Para os que têm menos sorte, e não conseguem ter a comida suficiente todos os dias, a fome fá-los-á sentir débeis e cansados, incapazes de concentrar-se, e até doentes. A única coisa em que conseguem pensar é quando vão ter alguma coisa para comer. Para centenas de milhões de pessoas no mundo inteiro, esta sensação dura todo o dia, todos os dias, e nunca sabem se e quando esta sensação vai acabar. Para eles, a fome pode levar à doença e a danos temporários ou permanentes para a sua saúde. Eles não têm comida suficiente para os manter activos e sãos, e não consomem as vitaminas e os sais minerais de que o corpo necessita para funcionar bem. Isto é a fome crónica. Quando a fome é extrema e depois de dias com comida insuficiente ou nenhuma, o corpo começa a alimentar-se da única coisa que pode: ele mesmo, decompondo a sua própria gordura e tecidos, o que consequentemente pode levar à inanição e à morte.

Porque é que existe fome?


O problema não é a falta de alimentos. Actualmente são produzidos no mundo alimentos suficientes para que toda a gente possa ter uma alimentação adequada e possa levar uma vida sã e produtiva. A fome existe por causa da pobreza. Existe porque as catástrofes naturais, como terramotos, inundações e secas, ocorrem muitas vezes em lugares onde a gente pobre tem muito pouco ou nada para poder reconstruir, quando ocorrem danos. Existe porque, em muitos países, as mulheres, apesar de serem quem mais trabalha na agricultura, não têm o mesmo acesso que os homens à formação, ao crédito ou á posse da terra. A fome existe por causa dos conflitos, que impedem as pessoas de ter qualquer possibilidade de levar uma vida decente e alimentar as suas famílias. Existe porque a gente pobre não tem acesso à terra ou a infra-estruturas agrícolas sólidas para produzir culturas viáveis ou gado, ou a conseguir trabalho estável que lhes permita o acesso aos alimentos. Existe porque muitas vezes os recursos naturais não são utilizados de forma sustentável. Existe porque, em muitos países, não há investimento suficiente no sector rural para apoiar o desenvolvimento agrícola. A fome existe porque as crises financeiras e económicas afectam os pobres ao reduzir ou eliminar as fontes de rendimento de que eles dependem para sobreviver.

Quem são os que sofrem de fome?


Quem são os que sofrem de fome? São sobretudo os rurais pobres que vivem em países em desenvolvimento – nas aldeias na Ásia, na África, na América Latina e Caraíbas – que dependem na sua maior parte da criação de gado ou do cultivo de produtos alimentares em pequenas parcelas, destinados a satisfazer as suas necessidades básicas de nutrição. Os sem terra são ainda mais vulneráveis a ser vítimas da fome: viúvas, órfãos, idosos, trabalhadores eventuais, refugiados. Esses pobres rurais não tem forma de conseguir um rendimento estável, e por isso não conseguem complementar as suas necessidades de nutrição comprando os alimentos que necessitam. Frequentemente migram para as cidades à procura de trabalho, que é muitas vezes escasso e mal pago. O baixo rendimento traduz-se em poucos meios para comprar alimentos nos mercados locais. As mulheres são normalmente mais afectadas, e as que são mal alimentadas durante a gravidez terão maior probabilidade de dar à luz crianças desnutridas. Quando catástrofes como inundações, terramotos e secas atingem países vulneráveis, os pobres vêem-se forçados a abandonar as suas casas e os seus meios de sustento, aumentando assim o número de vítimas da fome.

ODM - Objectivos de Desenvolvimento de Milénio

10 anos depois de estabelecidos os objectivos do milénio, e a apenas 5 anos da  data prevista para os atingir, em 2015, a perspectiva de um grande falhanço é muito real, e isto nas palavras do Secretário Geral da ONU, Ban Ki-moon.

"Em Setembro de 2000, os dirigentes mundiais reunidos na Cimeira do Milénio reafirmaram as suas obrigações comuns para com todas as pessoas do mundo, especialmente as mais vulneráveis e, em particular, as crianças do mundo a quem pertence o futuro. Comprometeram-se então a atingir um conjunto de objectivos específicos, os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, que irão guiar os seus esforços colectivos nos próximos anos no que diz respeito ao combate à pobreza e ao desenvolvimento sustentável."

OS OBJECTIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÉNIO
Até 2015, os 189 Estados Membros das Nações Unidas comprometeram-se a:

1. Erradicar a pobreza extrema e a fome
• Reduzir para metade a percentagem de pessoas cujo rendimento é inferior a 1 dólar por dia.
• Reduzir para metade a percentagem da população que sofre de fome.
 
 
2. Alcançar o ensino primário universal
• Garantir que todos os rapazes e raparigas terminem o ciclo completo do ensino primário.
 
 
3. Promover a igualdade de género e a autonomização da mulher
• Eliminar as disparidades de género no ensino primário e secundário, se possível até 2005, e em todos os níveis, até 2015.
 
 
4. Reduzir a mortalidade de crianças
• Reduzir em dois terços a taxa de mortalidade de menores de cinco anos.
 
 
5. Melhorar a saúde materna
• Reduzir em três quartos a taxa de mortalidade materna.
 
 
6. Combater o VIH/SIDA, a malária e outras doenças
• Deter e começar a reduzir a propagação do VIH/SIDA.
• Deter e começar a reduzir a incidência de malária e outras doenças graves.
 
 
7. Garantir a sustentabilidade ambiental
• Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e programas nacionais; inverter a actual tendência para a perda de recursos ambientais.
• Reduzir para metade a percentagem da população sem acesso permanente a água potável.
• Melhorar consideravelmente a vida de pelo menos 100 000 habitantes de bairros degradados, até 2020.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

How can we be indifferent ?!

Sem-abrigo, sem tudo e sem nada !

"Um Homem não é pobre se nada tiver, um Homem só é pobre se nada amar"

terça-feira, 21 de setembro de 2010

“Os sem abrigo representam a forma mais extrema e complexa de exclusão.” (cit. in Costa, 1988).

O que é um sem-abrigo?

Segundo a AMI, é sem abrigo toda a pessoa que não possui residência fixa, pernoita na rua, carros e prédios abandonados, estações de metro ou de comboio, contentores, ou aquele indivíduo que recorre a alternativas habitacionais precárias como albergues nocturnos, quartos ou espaços cedidos por familiares, ou que se encontra a viver temporariamente em instituições, centros de recuperação, hospitais ou prisões. Em termos mais precisos, a tónica é assente na falta de uma habitação digna e estável.

Todos os seres humanos tem direitos e deveres. Encarar o fenómeno dos sem abrigo como "coitados dos pobrezinhos" não ajuda ninguém a sair do ciclo reprodutivo da pobreza, "Filho(a) de sem abrigo será sem abrigo". A visão paternalista, de cima para baixo, de lidar com as questões da pobreza não promove a eliminação da mesma. A igualdade de oportunidades para todo(a)s exige o exercício pleno de uma democracia participativa. Quem detém alguma responsabilidade sobre estas questões da pobreza deverá encará-la como uma questão humanista e não paternalista. Todos os seres humanos independentemente da sua condição socioeconómica têm direito à felicidade, ao amor, à ternura, ao bem estar de um lar. Não se trata de os abrigos darem comida e uma cama, trata-se de se criarem estruturas que possam conferir ao ser humano que se encontra na situação de sem abrigo o acesso à felicidade, ao amor e ao exercício pleno da cidadania de acordo com as suas reais capacidades. Não podemos exigir a um ser humano que já nasceu nas piores condições socioeconómicas, sem acesso à saúde, à educação, à cultura, ao desporto, ao trabalho e a um lar o mesmo que exigimos a quem sempre teve tudo à nascença. Cada ser humano é único, e todo(a)s merecemos que nos tratem com a dignidade que as constituições e os direitos humanos nos conferem.
Antes de serem sem abrigo são pessoas.
Às vezes a criatividade e o espírito de sacrifício substitui uma percentagem dos financiamentos. Bem hajam todos(as) os(as) que dedicam a sua vida profissional e pessoal a dignificar seres humanos.
                                                                                                                                       - AMI -